Fungos “do bem” e fungos “do mal”
Os fungos são seres curiosos. Tão únicos que formam um grupo de organismos classificado isoladamente: o Reino Fungi. São seres meio macabros, que se alimentam ou de matéria orgânica proveniente da decomposição de outros organismos, ou são parasitas. Mas justamente por processar a matéria orgânica em decomposição são essenciais para a “reciclagem” desta matéria orgânica. Dentre suas características particulares está a produção de substâncias químicas estruturalmente complexas. As penicilinas, por exemplo, descobertas no início do século XX, são produzidas por várias espécies de fungos do gêneroPenicillium, como Penicillium notatum, objeto de estudo de Alexander Fleming, consierado o descobridor das penicilinas. Graças à sua potente atividade anti-bacteriana, as penicilinas foram utilizadas (e ainda são) como antibióticos desde a 2ª Guerra Mundial. Fungos do gênero Penicillium também são utilizados na fabricação de queijos do tipo “bleu” (azul), como o queijo Roquefort e o queijo Gorgonzola. Outros fungos classificados como leveduras são utilizados na fabricação de pães, e na fermentação da garapa da cana-de-açúcar, para se produzir aguardente e álcool combustível. Além disso, fungos entomopatogênicos (que causam doenças em insetos) são utilizados como controle biológico de pragas, como Metarhizium anisopliae e outros do gênero Beauveria.
O problema é que alguns fungos são bem nefastos, como os que causam doenças em humanos, animais e plantas. Uma das micoses de pele mais comum, a chamada Pitiríase versicolor, é causada pelo fungoMalassezia furfur, e é extremamente difícil de ser tratada. Um dos melhores remédios para esta micose é óleo de copaíba de boa qualidade, difícil de ser encontrado. Além de micoses em humanos, algumas espécies de fungos estão afetando severamente espécies de animais silvestres. Como morcegos, por exemplo.
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